Historial

O material utilizado para a elaboração desta página é essencialmente uma parte do que consta no livro do Batalhão de Artilharia 3860.

O Batalhão de Artilharia 3860 (BART3860) foi composto pelas seguintes companhias:

  • Companhia de Comando e Serviços - CCS - Sedeada em Damba
  • Companhia de Artilharia 3450 - CART3450 - Sedeada em Chimacongo
  • Companhia de Artilharia 3451 - CART3451 - Sedeada em Lucunga e Lêmboa
  • Companhia de Artilharia 3452 - CART3452 - Sedeada em Mucaba

Como os últimos são sempre os "primeiros" e como esta página pretende principalmente dar a conhecer a história da CART3452, neste "site" será referida basicamente esta Companhia.

"OS FALCÕES" começaram a reunir-se em 22 de Agosto de 1971 no Regimento de Artilharia Pesada Nº 2 (Vila Nova de Gaia). Antes iniciou-se a Escola de Quadros, dirigida pelo então Major Pinto Simões, com base essencialmente em militares milicianos. Passado algum tempo o Batalhão deslocou-se para Viana do Castelo a fim de realizar a I.A.O. (Instrução de Adaptação Operacional) onde tiveram dias extenuantes, com constantes saídas, especialmente para a Serra de Santa Luzia. Depois de desfilarem pelas ruas de Viana, deixamos esta localidade para, a 17 de Novembro de 1971, estarem presentes no Cais de Alcântara. Eram 12 horas e 15 minutos quando o navio Vera Cruz saiu do cais deixando em terra muitos corações despedaçados. A 27 de Novembro avista-se a cidade de Luanda. Eram 7 horas da manhã desse dia 27 que se procedeu ao desembarque, tendo os elementos do Batalhão sido conduzidos em comboio especial para o Grafanil. A 8 de Dezembro uns e outros a 15 do mesmo mês os militares foram transportados em viaturas civis para as respectivas zonas de intervenção.

Em Mucaba a recepção à «maçaricada» foi agradável, que com ar boquiaberto ouvia as narrativas da «velhice». Pensava que tudo era verdade — oh quanta ingenuidade!... Aquele ataque à Maria Fernanda... (fazenda) - «eram mais de cem turras»!... - Deixavam-nos perplexos! Entretanto chegava a hora da verdade. A 27 de Dezembro de 1971 saía toda a Companhia para o nosso primeiro contacto com a Serra da Mucaba na operação «Terminus». Não habituados a estas andanças, gerou-se uma certa confusão «onde está a basooka?», «meu alferes, onde vou sentado?». Chegou a primeira noite no mato. Ouviram-se tiros ao longe. Aumentou a expectativa. Noite dentro surgiu um disparo das nossas tropas. Abrimos um olho (o outro estava aberto). Que sucedeu? — perguntou o nosso Capitão. — Turras. Uma voz — Estão daquele lado! Sucedem-se alguns tiros e uma granada, mas por indicação do nosso Capitão tudo terminou. Chegou a madrugada. Constatamos nessa altura pelo rasto que o IN mais não era que uma simples pacaça. Com objectivo definido cada grupo tomou o seu rumo. Há a salientar, nesta operação, a destruição de vários acampamentos IN e lavras e a lamentar o accionamento de uma mina anti-pessoal pelo soldado Leonel Pinheiro. Na operação «l6.ª Intervenção», novamente se destruíram acampamentos e lavras inimigas, e capturado algum material e, já no regresso, em virtude do accionamento de mais uma mina anti-pessoal, perdeu a vida o malogrado Alféres Milheiro. Sentimos profundamente o desaparecimento daquele excelente camarada e amigo de todos nós. Mas o ânimo e espírito de missão não foram perdidos. Já recuperados dos azares sofridos, outro nos bateu à porta. Na madrugada de 6 de Abril, quando se deslocava uma coluna da Damba para S.to Antão, a fim de transportar uma força pertencente ao Batalhão de Maquela — «Os Patos Bravos» — a viatura pesada em que se deslocavam alguns da nossa Companhia que seguiam como guias voltou-se na ponte do Rio Andimba resultando a morte de dois carregadores e quatro militares, sendo um daqueles o nosso camarada l °cabo radiotelegrafista Antunes. Até este momento houvera uma baixa em cada operação. Contudo a intervenção teria de prosseguir. O azar havia de nos deixar, mas não seria ainda desta que nos abandonaria definitivamente. A 16 de Maio, na «22.ª Intervenção», mais uma mina anti-pessoal rebentou, tendo o guia sofrido ferimentos gravíssimos que lhe custaram a vida.

Para ajudar a actividade operacional da Companhia foi criado um grupo G.E. 210. Os povos donde foram recrutados os G.E. prontificaram-se a construir as casas provisórias para os albergar. À chegada a Mucaba houve desfile pela rua principal da vila, tendo presidido à cerimónia de entrega do aquartelamento o nosso Comandante do Batalhão. Iniciou-se a construção do Quartel definitivo para o G.E. 210 à qual as NT deram total apoio através do muito trabalho ali realizado. Outros melhoramentos se processaram nesta Companhia. Para além do esforço dispendido pelas nossas tropas em acções e operações que decorriam num ritmo normal, agora ainda mais moralizados, construía-se nos intervalos, a sala de convívio e pensava-se nessa altura na construção das casernas. Chegava entretanto o primeiro ano de permanência nestas paragens. Tal facto foi assinalado com o maior júbilo, estando presente o nosso Comandante do Batalhão que proferiu eloquente discurso, tendo trazido consigo o conjunto «OS FALCÕES». Após um lauto e opíparo almoço seguiu-se um animado jogo de futebol entre as equipes finalistas do torneio que se vinha realizando. Entrámos assim na fase adulta da Companhia. Neste 2.° ano houve a registar uma operação inédita até ai: tratou-se dum lançamento de tropas heliotransportadas, que fizeram assalto a um acampamento detectado anteriormente pelo G.E.. Em dada altura, quando se preparava o assalto ao referido acampamento, a partir do meio da coluna passava-se a palavra de homem para homem de que havia «uma velhota». Alguém exclamou: «Não matem a velhota»! Feito o envolvimento, seguido do assalto, chegou-se à conclusão que era antes uma palhota.

Atendendo à necessidade de realizar mais facilmente evacuações de urgência em plena mata, a Companhia empenhou-se na abertura de algumas clareiras na Serra. Assim, durante vários dias os nossos homens esforçaram-se arduamente no abate do denso arvoredo. Tendo sido achado conveniente subordinar a um único Comando de actuação das NT, criou-se um comando operacional, com sede em Quivuenga, que começou a dirigir as operações em plena Serra de Mucaba. Contribuímos com o nosso esforço nessas operações, sendo relevante também a acção do G.E.. Surgiu então uma nova iniciativa: abrir uma picada, que obrigou à construcão de uma ponte sobre o rio Maiembe que permitisse o lançamento autotransportado das NT naquela área de refugo IN e, ao mesmo tempo, possibilitasse a recolha do café do povo Lussenga. É de realçar, mais uma vez, o brio, o interesse e o entusiasmo com que os nossos soldados se entregaram a este trabalho, ao qual deu também a sua contribuição uma secção de sapadores da CCS. Nascia então o Posto Administrativo do Uando. Empenhamos durante quatro meses um grupo de combate que deu a necessária protecção aos trabalhos. Chegada a época da colheita do café nas fazendas, como já acontecera no ano anterior, a acção constante das NT através de intensos e desgastantes patrulhamentos e acções naquelas áreas, possibilitou que a mesma se realizasse sem incidentes. Ainda no âmbito do COP tivemos um destacamento com base em S. Martinho do Zadi, o qual aí se manteve cerca de quatro meses. Durante esta permanência colaborou na manutenção Base Táctica, em plena Serra, para protecção à abertura duma nova picada que a atravessaria, com importância fundamental para a pacificação da mesma. A partir dessa data continuámos com um grupo de reforço ao COP, desta vez com Sede na vila do Songo. Nesta linha de rumo de abertura de picadas, nos começos do mês de Outubro de 1973, iniciou-se a reabertura da Picada Barreiros de Sousa. Em fins deste mesmo mês começámos a dar o nosso apoio, que se manteve enquanto as máquinas actuaram. Realizou-se também o restauro da picada Mucaba-Damba, a que demos a necessária colaboração e protecção.

A par de toda esta intensa actividade operacional, a Companhia nunca descurou melhorar as suas instalações. Deste modo deitamos mãos à obra na construção de novas casernas, arrecadação, paiol e cozinha. Ao longo de toda a comissão procurou-se elevar o nível cultural dos nossos soldados, através das Escolas Regimentais, notando-se bom aproveitamento da maioria dos participantes, tendo muitos deles obtido o diploma da 4.° classe. No âmbito desta obra de promoção, realçamos relevante actividade no campo do desenvolvimento sócio-económico e médico-sanitário das populações. Aproveitaram-se oportunidades, como mercados e visitas a povos para se ministrarem conselhos, no que respeita a determinadas culturas, melhor aproveitamento de terras, insistindo-se para que o nativo não se dedicasse exclusivamente ao café e mandioca, mas antes procurasse diversificar o trabalho das lavras. Quanto ao aspecto médico-sanitário prestamos assistência durante os mercados e em visitas propositadas para além de, diariamente, se tratarem e medicarem, na Companhia, cerca de 50 pessoas em média. Sempre que necessário as nossas viaturas trouxeram e levaram doentes dos povos que nos rodeavam. De realçar a parte de enfermagem com a realização de pensos e curativos em grande quantidade. Também foram instruídos, na Companhia, onde permaneceram o tempo necessário à aprendizagem, futuros enfermeiros a colocar oportunamente nos povos mais afastados. Quer durante as consultas, quer nas visitas às populações, tivemos ensejo de dar conselhos de ordem higiénico-sanitária, realizando-se, ainda, a vacinação anti-colérica nas sanzalas da área. Durante o nosso tempo de comissão estagiaram para futuros comandantes de Companhia os Alferes: Andrade e Silva, Borges, Arraia da Silva, Teves, Costa e Coutinho, aos quais procurámos dar o nosso carinho e ensinamentos úteis para melhor desempenho das suas futuras funções. Todos eles se integraram da melhor maneira no ambiente de camaradagem, que sempre reinou, contribuindo, muitas vezes, com a sua boa disposição para alegrar aqueles que com eles contactaram, deixando-nos, à despedida, muitas saudades e gratas recordações.

Homenagens

Homenagem ao Nosso camarada Manuel Pereira Lopes

Manuel Pereira Lopes

Manuel Pereira Lopes

No dia 6 de Outubro de 2018, no Hospital de Guimarães, faleceu o nosso companheiro Manuel Pereira Lopes, do 3º Grupo de Combate. Grande companheiro que tanto admiravamos pela sua amizade, simplicidade e pela sua maneira de falar. Era um companheiro que não faltava aos nossos convívios. Hoje estamos mais frágeis, mas sabemos que ele estará sempre no nosso pensamento.

A companhia foi representada pelos nossos companheiros: Joaquim Fernandes, Castro, Ferreira E Fernandes, depositando uma coroa de flores em nome dos "FALCÕES", estando previsto para o dia 13/10/2018 a colocação de uma lápide da companhia na sua sepultura no Cemitério de Gonça - Guimarães. Até um dia amigo Lopes.

Em meu nome, e em nome de todos "OS FALCÕES", o nosso grande bem haja aos nossos companheiros acima mencionados.

João Celestino

Homenagem ao Nosso camarada José António Correia

José António Correia

José António Correia

Acometido de doença súbita, faleceu o nosso camarada e companheiro do 3º Grupo de Combate, José António Correia, saindo o seu corpo da sua residência para o cemitério da Freguesia da Lomba, em Gondomar.

Correia era um "FALCÃO" que nos deixa muitas saudades e que nos nossos encontros anuais de almoços nos oferecia a sua simpatia e simplicidade. Agora que nos deixou físicamente, no dia 24 de Janeiro de 2018, estará sempre presente em espírito nos nossos convívios.

À FAMILIA ENLUTADA OS PÊSAMES DOS "FALCÕES".

João Celestino

Homenagem ao Nosso camarada António Sampaio Azevedo

António Sampaio Azevedo

António Sampaio Azevedo

Em Castelões, Vila Nova de Famalicão, no dia 09/12/2014, FALECEU o nosso Companheiro de Armas da CART. 3452 "OS FALCÕES" o nosso grande Amigo ANTÓNIO SAMPAIO AZEVEDO, um grande Homem de honestidade, simples de lidar e de um grande caracter, os Companheiros sempre o admiraram pela sua sempre boa disposição que distribuía pelos "FALCÕES", a sua alegria de viver, conviver, cantar, tocar as suas Castanholas e ultimamente aprendeu a tocar acordeon, era impressionante o seu querer.

Nos nossos Almoços Anuais de confraternização, nunca abandonava a Sala sem se despedir com o Fado que ele adorava Cantar, "COIMBRA NA HORA DA DESPEDIDA".

À FAMILIA ENLUTADA OS PÊSAMES DOS "FALCÕES".

No seu Funeral esteve uma Delegação dos "FALCÕES" com cerca de 12 Elementos que se fizeram acompanhar de uma COROA DE FLORES, como fizeram questão de transportar a sua URNA para a sua Ultima Morada, assim como estiveram posteriormente na sua Campa a colocar uma PLACA DA CART. 3452.

Em meu nome e em nome de todos de todos " OS FALCÕES " o nosso bem haja aos COMPANHEIROS PRESENTES NESTAS CERIMONIAS.

João Celestino

Homenagem ao Nosso camarada Gonçalves

O camarada Gonçalves

O camarada Gonçalves

Devido a doença prolongada, faleceu no dia 29 de Março de 2012, o nosso amigo e companheiro "FALCÃO" Francisco Maria Gonçalves, (condutor do CMDT) realizando-se as cerimónias fúnebres no dia 01 de Abril, pelas 13H00 Missa de Corpo Presente na Igreja de Leião, seguindo-se para o Cemitério de Rio de Mouro (Sintra) sendo ali cremado.

"OS FALCÕES" DA CART. 3452, ENVIA A TODA A SUA FAMÍLIA AS MAIORES CONDOLÊNCIAS E PÊSAMES, COM ETERNA SAUDADE.

ATÉ UM DIA GONÇALVES

João Celestino

Homenagem ao Nosso camarada Ex-Alf. Mil. Carlos Milheiro

Faleceu em combate em 02 de Fevereiro de 1972

Ao malogrado Alferes Milheiro, excelente camarada e amigo, que nos deixou no início da nossa jornada em Mucaba, por accionamento de uma mina Mapess na Serra de Mucaba no decorrer da 16ª Intervenção, a nossa eterna saudade.

Homenagem ao Nosso camarada Ex-1º cabo radiotelegrafista José Antunes

O nosso 1º Cabo Radiotelegrafista JOSÉ MARTINS ANTUNES, era um excelente Camarada de Armas, o pouco tempo que esteve entre nós, foi excepcionalmente um bom Homem, com carácter, responsável e sempre disponível para ajudar os colegas de serviço, era muito bom conversador, principalmente com o José Domingues, das Transmissões, nas muitas conversas que existiam entre eles, o mesmo dizia ao Domingues, que tinha MEDO DESTA GUERRA, e ficava angustiado com este pensamento.

No dia 06 de Abril de 1972 o dia nasceu com muita chuva e cacimbo e o nosso pessoal da Cart 3452 já se encontrava na Damba à espera que chega-se a Companhia de Maquela do Zombo " OS PATOS BRAVOS" a fim de seguirem para mais uma Operação na Serra de Mucaba. Por motivo de logística havia necessidade de distribuir algum pessoal nosso, pelas viaturas de Maquele do Zombo, o Cabo ANTUNES e o Domingues e outros foram transportados numa Bedford, indo estes a conversar, quando de repente sentem a sua viatura a virar e a tombar para dentro do Rio Andimba, (este acidente provavelmente deu-se devido às más condições atmosféricas e o condutor desconhecer a picada) ficando esta de rodas para o ar e quase totalmente submersa pelas águas do rio. Alguns CAMARADAS ficaram entalados entre a carroçaria da viatura em ferro e o fundo do rio. O Domingues sentiu-se a ficar entalado entre uma caixa pesada de papelão cheia de rações de combate (pesada), mas esta começou a flutuar e ele como sabia nadar bem, estudou a maneira de sair pelo espaço lateral da frente e a cabine da viatura , porque pela retaguarda era impossível sair. Quando ele pensava que tinha nadado 2 ou 3 metros e apanhou o chão (pé firme no rio) já se encontrava a cerca de 30 a 40 metros do local do acidente, e via o seu camarada Amorim (Valença) do 2º Grupo de Combate a chamá-lo e a fazer-lhe sinais.

Este acidente causou a MORTE a 2 Carregadores, 3 elementos dos Patos Bravos e ao nosso malogrado "FALCÃO" JOSÉ MARTINS ANTUNES, encontrando-se SEPULTADO na sua Terra Natal, - ALMACEDA, - CASTELO BRANCO.

Nota :- Esta narração do acidente foi-me descrita pelo José Domingues, que reside perto da Cidade de Braga (REAL). Para ele um abraço.

E aquele abraço para todos os " FALCÕES "

João Celestino

Homenagem ao Nosso camarada Ex-Cabo Cunha

O nosso companheiro e amigo Cunha deixou-nos, depois de ter travado uma luta pela vida maior que a que encontrou em Mucaba. Eu que trabalhei directamente com ele posso dizer que foi sempre um bom camarada, alegre e bem disposto mesmo nas horas de maior infortúnio. O nosso amigo Cunha será sempre lembrado como um camarada cumpridor das tarefas a desempenhar, actuando sempre com muito rigor, respeito e responsabilidade. Onde quer que se encontre, estará num paraíso descansando finalmente das tormentas que passou.

Em nome dos FALCÕES obrigado pelos momentos que nos proporcionaste.

Até um dia Amigo Cunha!

Ex-Furriel - Camilo Pereira

Homenagem ao Coronel João Figueira

A 30 de Maio de 2010, realizou-se mais um almoço convívio da CART 3452. Nesse dia o principal acontecimento foi a homenagem ao nosso saudoso comandante, Coronel João António Duarte Figueira, em romagem ao cemitério de Carnaxide.

Clique em qualquer uma das imagens para a ampliar.

Além de outras intervenções orais de alguns companheiros foi proferido em nome de todos os presentes o seguinte texto:

“Antigos companheiros “OS FALCÕES” e minhas senhoras, agradecemos especialmente à família Duarte Figueira pela sua presença nesta cerimónia de homenagem. Estamos hoje aqui para mais um encontro anual. Desta vez, foi escolhido este local, para que viesse-mos ao encontro da pessoa que não encontramos em corpo, mas sim em espírito, e que jamais esqueceremos. Falamos de si, camarada, amigo e comandante, Coronel João António Duarte Figueira. Estamos, hoje reunidos para prestar homenagem a um homem humanamente bom. Já começa-mos a sentir a sua ausência física nos nossos almoços de confraternização, com a falta do seu abraço, dum gracejo, duma piada, da sua boa disposição e do seu discurso final que, por vezes a sua voz ficava tremula, comovido, e uma pequena lágrima escorria-lhe pelo canto do olho, quando falava da nosso juventude perdida em Mucaba.

AO GRANDE COMANDANTE FIGUEIRA, O NOSSO GRANDE BEM HAJA DOS “FALCÕES”

ATÉ UM DIA COMANDANTE!”

Carnaxide – Oeiras, 30 de Maio de 2010

Homenagem ao 1º Sargento Simões

Redigida por Saúl Laranjeira - Ex-1º Cabo Escriturário

Conhecemo-nos em Viana do Castelo, nos primeiros dias de Setembro de 1971, onde a nossa companhia se encontrava na fase de preparação para a campanha no então Ultramar Português. Eu cheguei depois e, quando entrei a porta daquela secretaria e me apresentei, ele bem humorado e divertido como quase sempre, exclamou gritando, ao mesmo tempo que controlava a intensidade da voz, para a manter em tom baixo: “Chegou o escriiiiba ! tenho vontade de sair daqui a correr, dar umas voltas ao quartel e gritar: Já chegou o escriiiiba!, mas não, vamos é começar a trabalhar, vais ser o meu escravo!”.

Não é difícil para qualquer um de nós imaginar isto dito pelo nosso querido 1.º Simões.

Era desta maneira divertida e com sentido de humor que ele sempre reagia quando a ocasião se proporcionava.
Apesar do seu feitio contestatário, era uma pessoa tolerante e pacífica. O seu posto militar dava-lhe uma posição de superioridade sobre a maioria dos militares da companhia, apesar disso, privilegiava sempre a palavra, o respeito e a aceitação natural das regras em detrimento da imposição que as suas divisas lhe proporcionavam. Homem de formação militar de tempos mais passados, respeitava muito os seus superiores, o que lhe causava por vezes alguns constrangimentos em lhes apresentar as suas posições quando os temas eram polémicos.
Não era um homem capaz de grandes feitos, mas por ser um homem bom,humano e saber ser um amigo, vai com certeza ficar na memória de muitos que o tiveram por companheiro.

Para a sua família, principalmente esposa e filho, que tanto estimava, as minhas sentidas condolências.

Subscrevem esta homenagem

"Os Falcões"

Homenagem ao nosso camarada Ex-Cabo Pereira

Colocação de uma lápide, na sepultura do Ex. 1º Cabo, Manuel Pereira

No dia 19 de Julho, deslocou-se uma Delegação da CART. 3452 "OS FALCÕES" composta por: José Miranda Ferreira (Guimarães), Joaquim Ribeiro Fernandes (Guimarães), João Pereira Martins (Cabeceiras de Basto) e António Sampaio Azevedo (Delães, Famalicão) ao Cemitério de Santa Senhorinha em Cabeceiras de Basto, a fim de colocarem uma lápide dos "FALCÕES" da CART. 3452, na sepultura do Ex. 1º CABO, MANUEL PEREIRA.

"OS FALCÕES" não esquecem os seus Ex. Companheiros de Armas que já partiram .

Em meu nome, em nome de todos os " FALCÕES ", o nosso bem haja a estes camaradas.

João Celestino

Composição

Comandante Cap. de Art. João Figueira
Comandante Cap. de
Art. João Figueira
Alf. Mil. Médico Luís Sá
Alf. Mil. Médico
Luís Sá
1º Sarg. Art. João Simões
1º Sarg. Art.
João Simões
1º Sarg. Art. Francisco Frade
1º Sarg. Art.
Francisco Frade
Fur. Mil. Armas Pesadas Camilo Pereira
Fur. Mil. Armas
Pesadas Camilo Pereira
Fur. Mil. Mec. Auto Manuel Rito
Fur. Mil. Mec.
Auto Manuel Rito
Fur. Mil. Enfermeiro Salgueiro Maia
Fur. Mil. Enfermeiro
Salgueiro Maia
Fur. Mil. Transmissões Cruz Pereira
Fur. Mil. Transmissões
Cruz Pereira
Fur. Mil. Vaguemestre Carlos Paulino
Fur. Mil. Vaguemestre
Carlos Paulino
Fur. Mil. Vaguemestre Gil Francisco
Fur. Mil. Vaguemestre
Gil Francisco

Histórias

O Rei do Malavi

Cabo - José Ferreira, Cozinheiro - Coelho, Trms - Celestino, Enfermeiro - Crespo e Amorim (Valença).

Cabo - José Ferreira, Cozinheiro - Coelho, Trms - Celestino, Enfermeiro - Crespo e Amorim (Valença)

O " FALCÃO " Cabo, José Ferreira do 3º Grupo de Combate, era um grande apreciador da bebida MALAVI, bebida alcoólica extraída de uma palmeira, por isso era um dos elementos que se levantava às 04H00, empunhava a sua G-3, e levava um garrafão vazio na mão, avisando o Sentinela que ia dar uma volta, o seu destino era subir a uma palmeira, a fim de substituir o garrafão cheio de MALAVI pelo vazio que levava, qualquer altura que tivesse a palmeira, não era obstáculo para ele, o pior é quando o negro, dono do garrafão, subia à palmeira para recolher o garrafão cheio de MALAVI, o mesmo já se encontrava vazio, ficando o negro a falar sozinho.

Para todos os "FALCÕES" um abraço

João Celestino

Dor de dentes em Mucaba

O estado em que fiquei após a intervenção.

Um dia em Mucaba tive uma dor de dentes, como é lógico fui ao Posto Médico, deram-me um medicamento para as dores, na primeira Coluna Militar para Negage/Carmona, fui a um Médico Dentista em Carmona, mas como tinha uma infecção na gengiva, o Médico medicou-me e mandou-me lá comparecer na próxima Coluna. Como o previsto lá compareci, - " AQUI COMEÇA O CALVÁRIO DAS DORES " - ao retirar-me o dente o mesmo partiu , eu apercebi-me que o Dentista fazia um grande esforço para retirar os restos do dente, assim como a utilização de uma (tipo) lima. Quando cheguei ao Quartel, tinha umas dores terríveis na boca, falei com o Dr. e ele deu-me uma injecção para esse efeito e informou-me ainda que as dores iriam passar rapidamente. O tempo passava mas as dores não reduziam. Falei novamente com o Dr. e ele deu-me outro tipo de injecção e milagrosamente as dores desapareceram, era um alivio total. Passado um determinado tempo (não posso precisar) as dores regressaram em força. Nova consulta com o Dr. e aplica-me a mesma dose. O milagre reapareceu-me, mas neste espaço de tempo acima descrito, repetem-se as terríveis dores. Falo com o Dr. e a resposta é: - "Celestino tenho muita pena, mas tem de aguentar essas dores, eu não lhe posso fazer mais nada, tenho ainda de informar-te que estas duas injecções foram utilizadas na mata". Com este desabafo do Dr., eu compreendi o que me tinha injectado.

Ao Dr. Carvalho o meu BEM HAJA.

Ao fim de 20 anos, com a ajuda da minha Esposa, consegui ir a um Dentista, a fim do mesmo me retirar as raízes que esse Senhor de Carmona me deixou de recordação na minha boca.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

O Fonseca "Enfermeiro"

O Fonseca é o terceiro Soldado a contar do lado esq. (em cabelo).

O nosso saudoso e já falecido Camarada de Armas, JOSÉ DE SÁ FONSECA, era um jovem que tinha emigrado para França nos anos 60 e tal, vivia lá com a sua Esposa e Filho, já naquela época notava-se na sua cara a dureza da vida ( calejado). Por uma razão ou mais da sua vida particular, apresentou-se em Portugal para cumprir o seu Serviço Militar, passados dois ou três anos mais tarde do que o previsto, sendo dado como refractário, sendo por esse motivo o Soldado mais velho da CART3452, tendo como especialidade ATIRADOR.

Logo de inicio a Companhia ficou sem 3 ou 4 Enfermeiros, que foram transferidos para outros locais, e a partir dessa data a ficamos com necessidade urgente de enfermeiros, mas não foram colocados outros a substituí-los. Por opinião do Comandante Figueira e do Dr., pensaram em arranjar pelo menos um Soldado que se adapta-se (jeitoso) a fazer o Serviço de Enfermeiro, quem seria o Soldado voluntário que aceitasse a fazê-lo?
Apareceu cheio de boa vontade o nosso amigo FONSECA.
Com muita paciência do Dr. Sá Carvalho, Furriel Maia, Cabo Enfermeiro Crespo, e o grande querer do Fonseca, este "FORMOU-SE" em Enfermeiro.

Já na fase final da Comissão de Serviço, uma mulher de cor negra deu à luz um bebé, mas a placenta não saiu. O Dr. resolve pedir à Base Aérea de Negage a sua evacuação para o Hospital, (como todos nós sabemos a Enfermaria não tinha um mínimo de condições, nem meios para resolver o problema) mas devido às más condições atmosféricas não era possível executar aquela operação e muito menos por via terrestre. Quando chegou a hora de jantar o Dr. disse ao amigo Fonseca - "Fica aqui na Enfermaria até eu vir de jantar". O Dr. dirigiu-se para a Messe de Oficiais, lavou as mãos e passado pouco tempo de ter começado a jantar ouviu-se uma algazarra na parada. Veio à porta ver o que se estava a passar, e deparou-se com o Fonseca todo satisfeito com a placenta na mão e a exclamar bem alto, "Sr. Dr., Sr. Dr., a placenta já saiu tenho-a aqui na mão".

Para todos os " FALCÕES " um Abraço

João Celestino

Vila de Mucaba e os seus casinos

Como é do conhecimento de todos nós, a Vila de Mucaba não possuía qualquer divertimento diurno ou nocturno, tanto para os Militares como para os seus Residentes, e por esse motivo as noite eram mais difíceis de passar, no fim do Jantar alguns Camaradas de Armas dirigiam-se ao bar KAT KERO a fim de tomar o seu café e por ali ficavam a jogar ao Gamão, " à lerpa" , sobe e desce etc., e outros camaradas assistiam aos jogos.

Quando se inaugurou o Bar dos Soldados, começou-se a jogar ao LOTO, e o custo do cartão por jogo era de 2$50 X 48 cartões = 120$00 por jogo e assim se iam passando as noites. Nas camaratas, na ferrugem e no posto de transmissões, jogava-se "à lerpa". No local das transmissões era pessoal seleccionado, porque se encontrava lá o operador de serviço, por esse motivo não poderia dar qualquer bronca.

Alguns Militares iam jogar com os Civis para os seus armazens de café. Aí as apostas já eram mais duras, eu recordo-me que houve um cabo nosso bem conhecido, que foi passar por duas vezes férias a Luanda à custa destes Civis.

Alguns Furrieis também não eram nenhuns Santinhos, jogavam no armazém de café com os Civis, cujas apostas eram de 500$00 e de 1.000$00, uma certa noite cerca de 10 jogadores, entre eles encontravam-se os condutores dos MVL (MOVIMENTO DE VIATURAS DE LOGÍSTICA) e em cima da mesa de jogo encontrava-se a bonita quantia de 550.000$00, (era quase uma fortuna na época) o condutor mais velho do MVL que já tinha perdido o seu dinheiro no jogo, pegou nos documentos da sua viatura pesada e depositou-os em cima da mesa de jogo, como prova de valor de jogo. Jogaram e o prémio foi dividido por alguns elementos, o velhote do MVL perdeu, e os elementos que ganharam devolveram-lhe os documentos, mas este ficou em pagar um "X" por mês. Quando o Senhor ia a Mucaba fazer-nos os reabastecimentos, levava consigo lagostas para os mesmos comerem, e parece-me que foi assim que pagou a sua divida!

Tenho também conhecimento que um desses Furrieis, veio por duas vezes passar férias ao Continente à conta da "LERPA".

Nem por sonhos o Comandante da Companhia, Capitão Figueira, sabia do caso pois se lhe passa-se pelos ouvidos, estavamos todos à pega com ele.

Para todos os " FALCÕES " um Abraço

João Celestino

De Mucaba para o Hospital Militar de Luanda com passagem pelo Quadro de Adidos

Um certo dia de Julho/Agosto de 1973, fui voluntário para ir fazer uma operação à Serra de Mucaba, para fazer o lugar do José da Conceição (transmissões) que era quem estava escalado. Durante a operação, ao atravessar um rio, tropecei e caí o que deu a origem a uma fractura no menisco do joelho esquerdo. O joelho começou a inchar e comecei a sentir dores mas aguentei a operação até ao final. Quando regressamos ao Quartel, já tinha dificuldades em caminhar. No Posto Médico foi-me retirado por diversas vezes liquido do joelho, pelo Dr. Sá e pelo Furriel Maia, mas como a situação piorou, foi requisitado ao Hospital Militar de Luanda uma consulta de ortopedia, mas existia um problema. Como seria a minha deslocação para Luanda? Eu próprio fui falar com o Sr. João Carvalho, comerciante em Mucaba que quase semanalmente ia a Luanda abastecer-se de peixe fresco, para fornecer a nossa Companhia e a população e ainda outros artigos. Obtendo uma resposta positiva do mesmo, informei o Dr. Sá e o nosso Comandante Capitão Figueira os quais concordaram, só que eu deveria fazer a viagem vestido à civil.

Foi-me passada uma Guia de Marcha para o Hospital Militar mas com passagem pelo Quadro de Adidos em Luanda. Creio que o Sr. João Carvalho me deixou nos Adidos.

Entreguei na Secretaria dos Adidos a respectiva guia a fim de coordenarem com o Hospital a minha consulta de ortopedia. Deram-me uns lençóis e uma manta e mandaram-me desenrascar com uma cama. Até aqui tudo bem, só que no dia seguinte fui chamado para ir fazer um reforço. Não concordei, e fui à Secretaria falar com o 1º Sargento e expus-lhe a minha situação, que não podia estar muito tempo de pé nem a caminhar e que tinha o joelho muito inchado, (como ele verificou) ao qual me respondeu que compreendia a minha situação mas ali, doentes e não doentes , teriam de fazer o serviço. Se não pudesse estar de pé que me sentasse que não havia problema.

Quando me foram chamar para fazer o serviço, colocaram-me junto a uma porta no interior do Quartel, e como não aguentava estar mais de pé sentei-me, pus as cartucheiras junto aos rins, enrolei-me ao cobertor porque estava frio e enrolei a Bandoleira da G-3 ao meu braço, (convite para às tantas da manhã adormecer) o que aconteceu. Passado algum tempo fui acordado por um Furriel, (ainda maçarico) a quem contei-lhe o sucedido, respondendo-me que não era humano ter pessoal doente a fazer aqueles serviços e ainda me disse que faltava 30 minutos para ser rendido, e que eu fizesse o possível para não adormecer naquele espaço de tempo. Estive lá cerca de 5 a 6 dias e depois fui à consulta Médica ao Hospital Militar, tendo ficado de imediato internado.

Nota :- Ainda irei escrever sobre o meu internamento no Hospital.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Uma enfermaria pode tornar-se num inferno?

Sentado numa cadeira, onde  à noite se ia assistir  aos filmes de cinema, ao ar livre no Hospital Militar em Luanda.

Sentado numa cadeira, onde à noite se ia assistir aos filmes de cinema, ao ar livre no Hospital Militar em Luanda.

Quando compareci à consulta de ortopedia no Hospital Militar de Luanda, o Médico verificou a minha situação, informando-me que ia baixar ao referido Hospital a fim de fazer alguns Raio X ao joelho. Fiquei satisfeito em virtude de saber que me iriam resolver o meu problema.

Com o saco às costas acompanhei um Camarada de Armas que me iria indicar a Enfermaria de Ortopedia. Ao entrar na mesma veio-me de imediato um cheiro intenso e desconfortável, (estes cheiros eram devido aos produtos farmacêuticos/desinfectantes, aumentando devido ao calor, às precárias instalações, ao suor dos doentes/acamados, ao cheiro a urina por falta de higiene, características dos Hospitais Militares da época). Quando comecei a caminhar e ao olhar para um lado e para o outro, só via Camaradas de Guerra " MUTILADOS " uns sem pernas outros sem braços, a maioria eram Negros. Esta situação era derivada ao rebentamentos das Minas Anti/Pessoais, Anti/Carro e a outros acidentes. Parecia que me encontrava no INFERNO, ao ver aqueles Combatentes naquela situação. A razão de haver ali mais Negros, era porque os Continentais regressaram ao Hospital da Estrela em Lisboa a fim de recuperarem e estarem mais perto da Família, no entanto alguns Negros que se encontravam em estado mais críticos também eram evacuados para este Hospital.

Quando cheguei à Secretaria a fim de me apresentar ao 1º Sargento, o mesmo informou-me que não existia vaga para mim, mas que iria arranjar-me uma enfermaria até ali existir uma vaga. Fui colocado na Enfermaria de Otorrino/Oftalmologia, (fiquei lá internado até ao meu regresso ao Continente), quando lá entrei parecia que tinha saído do INFERNO e tinha chegado ao CÉU. Não existiam cheiros activos, não se via aqueles HORRORES, mas sim alguns Camaradas com alguns problemas de audição e visuais, estes normalmente causados também pelos rebentamento de Minas.

Passados alguns dias quando me encontrava deitado em cima de uma Maca no corredor da Sala de Operações, passou por mim o Médico Ortopedista e Operador que se chamava Dr. Riviera, pegou na papelada que se encontrava pendurado na Maca junto aos meus pés e disse-me:

Eu respondi-lhe:

Olhou para os documentos e perguntou:

Disse-lhe o meu nome, tendo ele de seguida exclamado:

A partir daí ele foi confrontar todos os que iriam ser Operados a fim de corrigir algum erro que existisse. Como fui um dos primeiros a ser operado e só com anestesia local, tive de esperar pelos outros elementos que estavam em cirurgia, tendo chegado à enfermaria cerca das 15H00, encontrando-me com bastante fome, porque no dia anterior não jantamos. Veio o Cabo Penim que era de Sesimbra e um excelente Camarada e perguntou-me se eu queria almoçar, porque o almoço estava guardado ao qual respondi para me trazer o almoço o mais depressa possível. Era bife c/ovo arroz e batata frita e um copo de alumínio cheio de vinho tinto. Comi rapidamente. O Camarada que estava na cama ao meu lado que era do Porto, também tinha sido operado aos ouvidos e disse-me que não queria almoçar porque não se sentia bem, e se eu quisesse também poderia comer a refeição dele. Chamei o Cabo Penin e pedi-lhe para me trazer o almoço do Companheiro do lado tendo comido até ficar satisfeito.

Este Cabo Penim , era um excelente Companheiro, muitas vezes íamos comprar frangos de churrasco e comia-mos, acompanhados com cervejas que eram das grandes e que ele metia no frigorifico da Enfermaria. Ele só tinha medo era que o Sargento fosse ao frigorifico e as visse lá, mas isso acho que nunca aconteceu.

Na Consoada de 1973 os elementos mais antigos das Enfermarias iam representar as mesmas na mesa dos Oficiais, eu fui o representante da Enfermaria de Otorrino/Oftalmologia. A diferença daquela mesa para o resto das outras mesas, era estar composta com mais umas garrafas de Whiski.

No mês de Novembro eu pedi Alta ao Dr. Riviera, a fim de ir para Mucaba em virtude da Companhia estar a terminar a Comissão de Serviço, e eu não queria ficar por lá. Como o Dr. sabia que eu não me encontrava em óptimas condições físicas, pois continuava a fazer fisioterapia, o Dr. informou-me que me ia propor para ser EVACUADO para o Puto, para o Hospital da Estrela em Lisboa, no dia 15 de Janeiro de 1974.

Cerca das 8H00 embarquei no Boing da Força Aérea, e assim deixei Angola.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Jiboia morta com mais de 3 metros

Encontrava-se um Grupo de Combate numa das várias fazendas (roças), que faziam parte da zona que tinha-mos de fazer segurança, principalmente na colheita do café, do qual fazia parte o nosso Companheiro de Armas Belchior (condutor). Um dia apareceu na fazenda uma jibóia com mais de 3 metros de cumprimento. O responsável pela fazenda, um individuo natural da zona de Setubal, que não recordo o seu nome, enfrentou-a com um pau e uma catana na suas mãos, primeiro tentando meter-lhe o pau na boca para a segurar e ao mesmo tempo cortar-lhe a cabeça com a catana o que conseguiu.

Recordo-me também que um certo dia, já era da parte da tarde um "FALCÃO" que se encontrava de Plantão à Messe de Oficiais, ao passar por baixo do alpendre ali existente, o sentiu uma picadela na cabeça. Olhou para cima e viu uma cobra com cerca de 30 a 40 cm, pendurada e segura pelo rabo num caibro. Esta foi morta e o nosso Companheiro foi assistido no Posto Médico. O nosso Camarada de Armas que creio ser Cabo-verdiano, por dúvidas no dia seguinte foi fazer exames complementares ao Hospital.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

O Posto de transmissões

O interior do Posto de Rádio

O Fonseca é o terceiro Soldado a contar do lado esq. (em cabelo).

O Posto de Rádio em Mucaba, só era frequentado pelos elementos das Transmissões, Criptos Mariano e Uva, Oficiais e poucos Companheiros da Cart., por se tratar de um lugar reservado, recebiam-se e enviavam-se as mensagens em código e em claro, estando-se em escuta 24 Horas por dia, o mais preocupante é que existia os Q T R, (de hora a hora com a CCS (Comando) instalada na Damba fazia a chamada às Companhias a fim de saber se havia Mensagens, ou a mesma transmiti-as para as Cart.s ) muitas noites entre as 00H00 horas e as 05H00, não conseguia-mos entrar em contacto com nenhuma das nossas Companhias destacadas nas localidades de Chimacongo, Lucunga ou a Damba , devido às más condições atmosféricas não o permitir, esta grande equipa de Transmissões era homogénia, ajudando-se uns aos outros nos bons e maus momentos, composta pelo Furriel Cruz Pereira, Cabos Guimarães e Antunes (este falecido em acidente) , Ferreira, Lucas, Domingues, Pais (a residir nos Estados Unidos da América) Conceição, Lopes, Pais MIKE ( a residir na Inglaterra) e Celestino.

Nota :- Na fotografia pode-se ver o interior do Posto de Rádio, ao alto está o Rádio AN-GRC9, com as frequências deste Rádio conseguia-mos ouvir as Emissoras de Angola e as transmissões dos barcos, mais à minha direita temos os nossos conhecidos Rádio Racal, este era o Rádio que o Pessoal das Transmissões levava para as operações, patrulhamentos, colunas de segurança aos Comerciantes, e aos fazendeiros na época das colheitas do Café e das nossas deslocações a Negage e Carmona, decifra-se ainda um rectângulo pregado na parede junto ao Rádio AN-GRC9, que era um calendário com os dias que nos faltava para acabar a nossa Comissão de Serviço, 730 dias (2 anos) o Operador que entrava de serviço de manhã baixava um número, quando chegou ao zero começou-se a contar os dias a mais e não foram poucos.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Belchior - "O guardador de cabritos"

Belchior a guardar os cabritos

Belchior a guardar os cabritos

Quando o Pessoal da Companhia se deslocava às Sanzalas, fazer Psico Médico-Sanitário, também passavam pelas fazendas (roças).

Um dia já de regresso desses Serviços a Mucaba o José Figueiredo (mais conhecido por BAZUCA) ofereceu ao Belchior (Condutor) dois cabritos, para os condutores, mecânicos e outros, fazerem um petisco, o que deu para comerem uma grande caldeirada de cabrito.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Assustar o 1º Sargento Simões

Como é do conhecimento de todos nós, a Vila de Mucaba não possuía qualquer divertimento diurno ou nocturno, tanto para os Militares como para os seus Residentes, e por esse motivo as noite eram mais difíceis de passar, no fim do Jantar alguns Camaradas de Armas dirigiam-se ao bar KAT KERO a fim de tomar o seu café e por ali ficavam a jogar ao Gamão, " à lerpa" , sobe e desce etc., e outros camaradas assistiam aos jogos.


António Santos
António Pina
Fausto Pina


Um certo dia três Camaradas de Armas Caboverdianos da Ilha do Fogo do 2º Grupo de Combate, António Santos, António Pina e o Fausto Pina, pensaram em fazer uma surpresa ao 1º Sargento Simões, a fim de ele não os chatear mais de noite. Já pela madrugada foram pisar o capim no sentido do TORREÃO para o meio do capim. Depois de terem preparado o plano, vão os três para o TORREÃO e começaram a disparar uns tiros para o capim. O 1º Simões ao ouvir o som dos tiros levantou-se da sua cama e armado foi ter com os Sentinelas, para saber o que se tinha ali passado, tendo eles dito-lhe que tinham sido os TURRAS que se tinham aproximado do TORREÃO, e que tinham sido obrigados a fazer fogo sobre eles, tendo estes fugido pelo capim, indicando-lhe o local por onde os turras tinham fugido. O capim encontrava-se pisado e o 1º Sargento Simões acreditou (nesta peta). Os nossos três militares receberam elogios do 1º Sargento, referindo que eles eram uns bons Militares, responsáveis e bons Sentinelas, e lá foi o 1º Simões para a sua cama.

Será que ele dormiu o resto da sua noite?

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

As "falcatruas existentes na guerra"

GMC

GMC

Quando chegamos a Mucaba em 1971, a fim de substituir a Companhia que tinha acabado a sua Comissão de Serviço, existia a necessidade de se conferir todo material ali existente, munições, granadas, viaturas, combustíveis, ferramentas, roupas, etc. (era a transacção normal que era obrigatória).

O Furriel Rito (da ferrugem) conferiu as quantidades do material das oficinas , viaturas, as quantidades litros de gasóleo e gasolina que se encontravam no deposito das bombas, assim como os bidons de 200 litros.

Passado poucos dias o Rito manda atestar um veículo pesado a GMC, (esta viatura já era da II guerra Mundial!?) a fim de se ir abastecer de mantimentos a Negage. Ao ligarem a chave de ignição a viatura não pegava nem dava indícios do motor querer trabalhar. Os mecânicos esforçaram-se para pôr a viatura a trabalhar mas os resultados foram infrutíferos.

Mais tarde ao verificarem o deposito de combustível da viatura, o mesmo tinha bolhas (era gasóleo misturado com água. O Rito ficou furioso (pior que uma barata) por ter sido enganado por um seu camarada de armas, esta viatura nunca mais funcionou devido à falta de peças.

Mas no fim da guerra tudo dá certo. Quando acabamos a nossa Comissão de Serviço, o nosso amigo RITO (não inventou) optou pelo mesmo sistema que lhe tinham aplicado. Meteu água nos depósitos da gasolina e do gasóleo. Era o lema do desenrasca.

Antigamente dizia-se, a Tropa fazia abrir os olhos a toda a gente, e quem não fosse à Tropa tinha os olhos fechados.

Para os EX-HOMENS DA FERRUGEM , Rito, Mecânicos e Condutores e para todos " OS FALCÕES " um grande abraço.

João Celestino

Lembranças

"Por Deus e pela Pátria"

Creio que todos os ex. Combatentes, que cumpriram o seu serviço Militar em Angola, ainda se lembram da Rádio Eclesias, com o seu programa diário das 10H00 às 11H00 e repetido às 02H00, " POR DEUS E PELA PÁTRIA ", que era dedicado aos Militares ( SPM) , que pediam os seus discos preferidos e ainda faziam as suas dedicatória, por intermédio de aerogramas ?, creio eu que a a locutora se chamava Maria Helena, era uma hora de boa musica e de boa disposição, quanto à minha parte neste programa, todos os dias tinha um pedido para dedicar aos " FALCÕES " desde a Cart. 3452, à Damba, Chimacongo e a Lucunga, principalmente ao Cabo Matos do 4º Grupo de Combate, no fim do ano de 1972 ou nos princípios de 1973, estive de férias em Luanda e fiz uma visita aos estúdios do programa, aonde me fizeram uma pequena entrevista para o referido programa, a locutora era uma simpatia e amável Senhora, estes pequenos pormenores, fazem parte das boas lembranças de Angola.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Petição para trajar à civil

Em qualquer Quartel Militar, para se vestir à civil era preciso " meter " uma Petição para esse efeito, com algumas regras e em Mucaba não se fugia a esse sistema. Normalmente era para os Sábados e Domingos.

Na véspera de um destes dias, à noite e já fora deste contexto, um Camarada de Armas bateu à janela da Messe de Oficias, a fim de me entregar uma dessas petições, para a levar ao nosso CMDT para ele assinar. Até aqui tudo bem, mas passado cerca de 30 minutos, aparece-me outro nas mesmas condições e aí a resposta do nosso CMDT foi diferente, ( " o pessoal tem todo o tempo livre, e só agora é que se lembram das petições, não assino mais nenhuma"). Quem vem agora à carga é o Pinto ou o Rocha? do 4º Grupo de Combate, com a petição para assinar, conto-lhe o sucedido mas o mesmo insiste comigo para eu ir ter com o Maior para ele a assinar. Fiquei entre a espada e a parede, disse-lhe "daqui por 30 minutos passa por cá". Ficou encantado por levar a petição assinada, mas quem rubricou a PETIÇÃO FUI EU.

Na nossa juventude fizeram-se coisas sem pensar, só para desenrascar um amigo.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Ir à caça em Mucaba

Algumas vezes o Pessoal da CART ia à caça, normalmente quando regressavam ao Quartel, traziam os "SEUS TROFÉUS" animais abatidos, iam acordar os cozinheiros, cabo Carvalho, Coelho, Zé e eu a fim de fazermos a "desmancha dos animais", mas o mais incrível era de manhã quando o Alf. Oliveira "Gerente da Messe de Oficiais", me perguntava porque é que eu não tinha comparecido, como os outros cozinheiros para a desmancha dos animais?, eu respondia-lhe sinceramente que não sabia de nada, e ao mesmo tempo perguntava-lhe, quando me foram chamar eu levantei-me da cama? a resposta era negativa, eu ripostava se não me levantei foi porque não me acordaram, além disso eu nunca tinha feito nunhuma desmancha nem o sabia fazer, o Alf. Oliveira lá se ia embora da cozinha da Messe com o ar de zangado.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Encontro "passados 32 anos"

Andrade e sua Esposa à saída do encontro anual em Alenquer - 2010

Andrade e sua Esposa à saída do encontro em Alenquer - 2010

Na véspera do dia de Natal de 2006, o nosso grande amigo "FALCÃO" FERNANDES , deslocou-se de Guimarães a Vila do Conde a fim de ir consoar com a sua família, tinha necessidade de ir comprar um brinquedo para oferecer ao seu neto, entrou num grande centro comercial, ao chegar à secção de brinquedos, reparou numa cara que lhe era muito familiar da tropa, passou junto a ele e em voz alta diz 3452, o individuo olha para ele e o Fernandes pergunta-lhe, este número diz-te alguma coisa ?, a mim diz-me era a minha Companhia, o Fernandes perguntou-lhe como se chamava ? eu sou o ANDRADE, ao mesmo tempo o Fernandes ripostou, então tu és o POUSA , era como ele era conhecido pelo Pessoal, em virtude de ser natural dessa localidade, deram um grande abraço que se tinha perdido à 32 anos. A partir dessa data o ANDRADE (POUSA) do 4º Grupo de Combate, nunca faltou aos nossos almoços de convívio , é como eu já o afirmei, o FERNANDES " POR EXCELÊNCIA " é um excelente Homem e perspicaz.

Para ambos, em especial, um grande abraço e para todos os "FALCÕES"

João Celestino

O que será feito do Frederico?

O Frederico entre o Esteves e o Azevedo

O Frederico entre o Esteves e o Azevedo

Frederico era um jovem negro de Mucaba, lavava a roupa da Messe de Oficiais, Oficiais e restantes elementos que trabalhavam lá, passava a roupa a ferro na Messe e nunca faltou qualquer peça de roupa, era um exemplo de Homem, sempre bem limpo, bem vestido, humilde, era possuidor de uma educação fora do comum, ao fim de fazer o seu serviço, pretendia sempre ajudar-nos no que fosse preciso, tinha um filho com cerca de 4 anos, que nós o chamava-mos por Frederiquinho, por vezes acompanhava o Pai e dávamos-lhe o almoço, assim como quando sobrava comida, o Frederico levava-a para casa.

Hoje, nas minhas memórias, tenho imensa pena de não saber o seu paradeiro, ou o que se passou com ele após o regresso dos Militares a Portugal .

Para todos os "FALCÕES" um abraço

João Celestino

As refeições na CART. 3452

Como se dizia naquela época, no Rancho-Geral da Companhia, comia-se razoavelmente bem, podemos dizer abertamente que o Cabo Carvalho, o Coelho e o Zé eram bons cozinheiros, (confeccionavam bem as refeições) mas por vezes alguns Camaradas de Armas não gostavam de certos pratos, o que é normal no meio de tantos Militares, por esse motivo iam almoçar ou jantar ao Bar KATE KERO, mas havia uns outros que se sabiam "ORIENTAR" de uma outra maneira, PRETENDEM QUE EU EXPLIQUE ?!

Na Camarata do 3º Grupo de Combate os Cabos Fernandes e o Ferreira, possuíam uma arca em madeira, fechada com um cadeado, onde estava arrumada uma máquina a petróleo para cozinhar , (fogareiro) tacho, frigideira, batatas, azeite, vinho etc.. Estes comestíveis não caíam do céu, quando a comida não lhes apetecia, "cheirava" iam ao talho do amigo Velíssimo e compravam 1 kg de bifes (27$50), na retaguarda da camarata os mesmos amigos confeccionavam as refeições, coziam ou fritavam batatas para acompanhar com os bifes e ovos, mas não era só isso. Quem é que lhes fornecia as batatas, azeite o vinho etc. ?. De noite quando estavam de serviço de ronda, passavam junto ao refeitório e enchiam os bolsos do dólmen (que eram uns bolsos bastante grandes) de batatas e levavam-nas para as depositar na arca, assim como levavam uma garrafa vazia para a encherem de azeite, normalmente existia por ali um garrafão de azeite, o vinho era dado pelo o nosso estimado amigo e já falecido Cabo Cunha e o Petróleo era retirado dos bidões da ferrugem.

Fernandes
Ferreira

Como se dizia naquela época, no Rancho-Geral da Companhia, comia-se razoavelmente bem, podemos dizer abertamente que o Cabo Carvalho, o Coelho e o Zé eram bons cozinheiros, (confeccionavam bem as refeições) mas por vezes alguns Camaradas de Armas não gostavam de certos pratos, o que é normal no meio de tantos Militares, por esse motivo iam almoçar ou jantar ao Bar KATE KERO, mas havia uns outros que se sabiam "ORIENTAR" de uma outra maneira, PRETENDEM QUE EU EXPLIQUE ?!

Na Camarata do 3º Grupo de Combate os Cabos Fernandes e o Ferreira, possuíam uma arca em madeira, fechada com um cadeado, onde estava arrumada uma máquina a petróleo para cozinhar , (fogareiro) tacho, frigideira, batatas, azeite, vinho etc.. Estes comestíveis não caíam do céu, quando a comida não lhes apetecia, "cheirava" iam ao talho do amigo Velíssimo e compravam 1 kg de bifes (27$50), na retaguarda da camarata os mesmos amigos confeccionavam as refeições, coziam ou fritavam batatas para acompanhar com os bifes e ovos, mas não era só isso. Quem é que lhes fornecia as batatas, azeite o vinho etc. ?. De noite quando estavam de serviço de ronda, passavam junto ao refeitório e enchiam os bolsos do dólmen (que eram uns bolsos bastante grandes) de batatas e levavam-nas para as depositar na arca, assim como levavam uma garrafa vazia para a encherem de azeite, normalmente existia por ali um garrafão de azeite, o vinho era dado pelo o nosso estimado amigo e já falecido Cabo Cunha e o Petróleo era retirado dos bidões da ferrugem.

Estes Camaradas de Armas quando iam para as operações, não levavam consigo as rações de combate, levavam bifes fritos e ovos cozidos, depois negociavam as latas das rações com os carregadores, era com esse dinheiro que compravam os bifes, para comerem quando lhes apetece-se.

"VIVER NÃO CUSTA O QUE CUSTA É SABER VIVER"

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

As imaginações da nossa juventude

Vista aérea da Vila de Mucaba

Vista aérea da Vila de Mucaba

Quando saímos de Luanda, (GRAFANIL) já com o destino traçado para a Vila de Mucaba, fomos transportados em camiões, (como se de gado se trata-se, era a guerra da época) foi uma grande desilusão para mim, mas pensei pelo menos vamos passar dois anos numa Vila, sempre será melhor do que estar isolado num local de mato, devido à sua grandeza territorial, (ANGOLA) ser 14 vezes e meia maior do que Portugal Continental, imaginava que uma Vila fosse tão grande, como uma das nossas pequenas Cidades, mas quando chegamos à Vila de Mucaba a realidade era uma outra, entramos numa Avenida ( chão em terra batida) com casas dos dois lados ao fundo destas do seu lado direito encontrava-se o Quartel, quando desci da viatura que nos transportou, perguntei a um Militar (velhinho) se a Vila de Mucaba era constituída só por aquelas casas? A resposta foi logo afirmativa, informando-me que ainda existiam umas fazendas (roças), que não eram nada agradáveis. A minha extensa imaginação foi logo por água abaixo, só não sei o que os outros Camaradas de Armas, pensavam ou imaginavam da grandeza da Vila de Mucaba.

Nota :- Eu residia e trabalhava em Lisboa, a Vila de Mucaba era constituída por 18 casas/comercio de cada lado da Rua e mais 4 casas na retaguarda destas, totalizando assim 40 fogos, a diferença era abismal, foi-me difícil a adaptação, mas todos os " FALCÕES " conseguiram ultrapassar essas diferenças.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

O estado atual da padaria de Mucaba

que era propriedade do Sr. Armando Lopes (assassinado em Janeiro de 1976)

Nelito Lopes, filho do Sr. Armando Lopes

Nelito Lopes, filho do Sr. Armando Lopes

Ao recordar a Vila de Mucaba, sinto muita pena de ver estas fotografias recentes da PADARIA que existia junto à Messe de Sargentos. Desloquei-me muitas vezes do Quartel a fim de lá ir assar no forno alguns leitões, cabritos e fazer empadões de carne. Era um prato que ainda hoje não gosto, mas o Furriel Rito adorava o empadão, então fazia-mos uma troca, eu levava o almoço dele da Messe e depois eu ia levar-lhe o meu. No dia anterior de se fazer os assados, ia pedir ao Sr. Armando Lopes se nos autorizasse a utilizar o seu forno da Padaria, nunca ouvi sair da sua boca a palavra NÃO. Sempre sorridente e bem disposto, dizia-nos sempre, - O FORNO ESTÁ SEMPRE Á VOSSA DISPOSIÇÃO. Era uma pessoa que merecia melhor sorte.

Para todos os "FALCÕES" um abraço

João Celestino

Confraternização com elementos da c. Caç 2613

Companhia que fomos render

Esta fotografia foi tirada na Messe de Oficiais na Vila de Mucaba, na ultima noite ali passada pela C. CAÇ. 2613, que a nossa COMPANHIA (CART 3452) foi substituir.

Última noite da C. CAÇ. 2613 na Messe de Oficiais na Vila de Mucaba

Nesta fotografia está o Capitão Tapadinhas da C.CAÇ. a receber o troco de ter pago uma rodada de cervejas, junto à porta encontra-se um Alferes da mesma, o civil é o Zeca Veríssimo, a tocar o acordeão é Salvador Vilar que não está visível, ao fundo em cima de uma cadeira a bater as palmas está o nosso saudoso e malogrado ALFERES MILHEIRO, a seguir está o Caçador (barbeiro) da Cart 3452 e com o cigarro na mão o Alferes Magueijo da C. CAÇ.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Gonçalves "CONDUTOR" do Comandante da CART. 3452

O Gonçalves era um Camarada de Armas, que andava sempre bem disposto e sorridente, era um ser Humano que sabia falar e ouvir os seus Companheiros, principalmente o saber ouvir lhe dava a sua grande personalidade, sempre disponível dentro das suas possibilidades, eu próprio o posso afirmar, porque lidei com ele diariamente, alem de ser o Condutor do Comandante da Cart. Capitão Figueira (Coronel), o mesmo dava segurança aos filhos do mesmo, brincando com eles .

Um certo dia o Comandante foi chamado a uma reunião de Sector em Carmona, e o Capitão pediu ao GONÇALVES, para ficar com os seus filhos, Cristina e Miguel, a fim de ele ir ao Cinema com a sua Esposa D. Leonor, quando o Comandante regressou do Cinema, abriu a porta do quarto ( porta estava encostada ) e encontrou os três a dormir.

De uma outra vez o Comandante foi chamado à CCS - Damba, foi o JIPE e um UNIMOG 605 a fazer a segurança, no Jipe além do Comandante seguia o GONÇALVES, o Dr. Luís de Sá e um elemento das Transmissões. Quando chegaram à Damba os Companheiros que desceram do Unimog não se reconheceram uns aos outros devido ao pó levantado pelo Jipe que seguia à sua frente. No regresso a Mucaba o Comandante disse ao GONÇALVES, "eu agora levo o Jipe que de estás cansado". Quando chegaram ao cruzamento do Bungo para Mucaba começou a chover torrencialmente, (todos nós sabemos como ficava perigosa a picada) chegou a um certo ponto o Jipe saiu ligeiramente da picada e uma das rodas bateu numa pedra e rebentou o pneu. A chave de rodas não dava para aqueles parafusos, o macaco enterrava-se no chão, não havia possibilidades de saírem daquele local. Quando o Companheiro das Transmissões ia pedir auxilio apareceu um MVL, que lhes emprestou a ferramenta para mudar o pneu. Estas são algumas histórias das nossas vidas passadas em ANGOLA.

Para o Gonçalves um grande abraço.

João Celestino

Quermesse na Vila de Mucaba

Recordo-me que no ano de 1972/3, apareceu na Vila de Mucaba um Individuo, que no centro da Rua ( entre os candeeiros da iluminação Pública) junto ao Bar Kate Kero e a Caserna do 1º e 2º Grupo de Combate, expôs uma quermesse com diversos artigos e bugigangas, além das rifas que eram uns papelinhos enrolados, uns tinham prémio e outros não, e eram vendidas aos Militares e Civis (desconhecendo o valor de cada rifa).

Mas o mais interessante, é que ele fazia-se acompanhar de um gira-discos e um grande alto-falante, sendo as principais músicas Brasileiras, poucas de Roberto Carlos, mas muitas do Teixeirinha. Ele informava pelo alto-falante que todas as pessoas poderiam pedir discos e dedicá-los a quem quisesse, mas para isso teriam de lhe entregar um papel com o nome da música e as dedicatórias que pretendiam, (era sempre a aviar) creio eu que esse Senhor esteve em Mucaba uns 3 ou 4 dias, e conforme veio, assim desapareceu.

Para todos os " FALCÕES " um abraço

João Celestino

Agradecimentos

Bem haja "FALCÃO" Luís Cabral

O "FALCÃO" Luís Cabral

O "FALCÃO" Luís Cabral

Caro amigo " FALCÃO " Luís Cabral, antes de mais recebe um abraço, é com um pouco de atraso, mas ás vezes os últimos são os primeiros.

Venho publicamente agradecer-te, em meu nome e em nome dos "FALCÕES " da CART 3452, a tua excelente colaboração e disponibilidade do teu Blog, para com os " FALCÕES " de Mucaba, dando assim voz aos elementos do BART 3860, para contarem as suas Histórias, Lembranças e Recordações, da nossa juventude passada em Angola 1971 A 1974.

Não é fácil ter um Blog actualizado como o teu " LUCUNGA CART 3451, mas é com muito carinho, sacrifício e muito tempo perdido, que se conseguem esses objectivos, o teu grande Espírito de " FALCÃO " multiplicam-te essas forças para continuares.

É com uma grande e imensa gratidão, admiração e respeito que te disse-mos, BEM HAJA " FALCÃO " LUÍS CABRAL.

Em nome de todos os "FALCÕES" da CART 3452.

João Celestino

A presença do Pais "Mike" no almoço de 2011

O Pais "MIKE"

O Pais "MIKE"

No almoço de confraternização do ano 2011, fomos surpreendidos pela comparência do nosso " FALCÃO " José Manuel Lopes Pais, mais conhecido pelo PAIS MIKE das Transmissões, que expressamente se deslocou da Inglaterra (imigrante) à Anadia para conviver com os " FALCÕES ". Foi ele que foi substituir em rendição individual o nosso amigo e malogrado Cabo Antunes.

O Pais Mike era um Homem sempre bem disposto e excelente Companheiro das Transmissões, ao fim do almoço também ele nos presenteou a cantar o "EMBOÇADO" e "A PICADA", esta letra e musica foi feita por outro Camarada das Transmissões o DOMINGUES.

Também não podemos esquecer o nosso Companheiro Crespo, que o foi esperar ao Aeroporto de Lisboa e depois o transportou novamente para o mesmo Aeroporto .

Em meu nome, em nome de todos os "FALCÕES" o nosso bem haja a estes amigos.

Para todos os "FALCÕES" um abraço.

João Celestino

Agradecimento ao Ex. Furriel Camilo Pereira

O Ex. Furriel Camilo Pereira

O Ex. Furriel Camilo Pereira

Prezado e grande amigo Camilo, venho publicamente agradecer-te em meu nome e em nome de todos "OS FALCÕES", pela criação desta PÁGINA DA CART. 3452, da qual te dá imenso trabalho e perda de tempo, mas é com esse teu sacrifício, que ainda mais une os "FALCÕES" que se encontram espalhados pelos 4 cantos do MUNDO.

Ainda hoje me recordo dos nossos tempos áureos, da nossa juventude passada na Vila de Mucaba, tinha-mos por hábito perguntar aos outros companheiros, quem era o Furriel que se encontrava de serviço, quando era o Camilo dizia-se que era o "CAMILINHO" isto era sem ele o saber. Era um Homem de uma grande humanidade, que pela sua humildade, simplicidade e o trato que ele nos oferecia, era tratado por "Camilinho", hoje continua a ser a mesma pessoa.

UM GRANDE BEM HAJA E UM ABRAÇO DE TODOS OS "FALCÕES",

João Celestino

Encontros anuais

Data Local Organizador Registo
27 de Maio de 2023 Amarante - Apresentação
28 de Maio de 2022 Guimarães Joaquim Fernandes Apresentação
25 de Maio de 2019 Porto Figueiredo Apresentação
26 de Maio de 2018 Aveiro Salgueiro Maia Apresentação
27 de Maio de 2017 Vieira do Minho Adelino Rebelo Apresentação
28 de Maio de 2016 Aveiras de Cima Dr. António Marques Pereira Apresentação
30 de Maio de 2015 Guimarães Joaquim Fernandes Apresentação
31 de Maio de 2014 Aveiro Salgueiro Maia Apresentação
25 de Maio de 2013 Felgueiras Dr. José Oliveira -
26 de Maio de 2012 Casais da Amendoeira-Cartaxo EX-Alferes Pereira Apresentação
28 de Maio de 2011 Anadia (Estalagem de Sangalhos) Acácio Lucas Apresentação
30 de Maio de 2010 Alenquer (D. Nuno) António Mariano Apresentação
31 de Maio de 2009 Braga - Priscos Pinto -
25 de Maio de 2008 Felgueiras José Augusto Oliveira -
27 de Maio de 2007 Viseu (Os Carioquinhas) João Celestino -
28 de Maio de 2006 Braga Francisco Rocha -
29 de Maio de 2005 - - -
30 de Maio de 2004 Guimarães (D. José - Penha) Joaquim Fernandes Apresentação
25 de Maio de 2003 Avelãs de Caminho (APPACDM) Acácio Lucas Apresentação
26 de Maio de 2002 - - -
27 de Maio de 2001 - - -
28 de Maio de 2000 Penafiel - Monte do Mozinho José Ferreira Carvalho -
30 de Maio de 1999 - - -
31 de Maio de 1998 Guimarães (O Segredo do Abade) - -
25 de Maio de 1997 - - -
26 de Maio de 1996 - - -
28 de Maio de 1995 Guimarães Joaquim Fernandes Apresentação
29 de Maio de 1994 - - -
30 de Maio de 1993 - - -
31 de Maio de 1992 - - -
26 de Maio de 1991 - - -
27 de Maio de 1990 - - -
28 de Maio de 1989 Viseu Celestino e Coelho Apresentação

Galeria de Fotos

Galeria de Vídeos

Notícias

INFORMAÇÃO IMPORTANTE - Almoço-Confraternização da CART.3452 em 2024

Bolo da Companhia CART.3452

CART.3452

Companheiros,

OS FALCÕES DA CART.3452 DO BART.3860, (MUCABA ANGOLA 1971 /1974) - ALMOÇO ANUAL 2024

" OS FALCÕES " DA CART. 3452 ( MUCABA ANGOLA ) Bart. 3860 vão realizar o ALMOÇO ANUAL como sempre no último sábado do mês de maio ( 25 ) na Cidade de Aveiro.
As cartas já foram enviadas e liguem para confirmar a vossa ida ao respetivo convívio . (Telefones ) Salgueiro Maia , Nº 910 760 263 ( Aveiro ) , Fernandes Nº 966 205 816 ( Guimarães ) . Como sempre o nosso grande AMIGO E COMPANHEIRO CAMILO com a sua boa disposição, nos informa para irmos e colocar os pés de baixo da mesa, dar corda à cremalheira ( original ou postiça ) e aumentar a protuberância abdominal . A junção do PESSOAL será no Parque do Supermercado Continente da Esgueira. Lá estaremos como sempre, um abraço para todos vós. RESTAURANTE A TALHA.

PARA TODOS VÓS E FAMÍLIA DESEJO UMA EXCELENTE BOA VIAGEM E TUDO DE BOM. ABRAÇO.

Saudações
João Celestino

INFORMAÇÃO IMPORTANTE - Almoço-Confraternização da CART.3452 em 2022

Bolo da Companhia CART.3452

CART.3452

Companheiros,

OS FALCÕES DA CART.3452 DO BART.3860, (MUCABA ANGOLA 1971 /1974). VAMOS RETOMAR OS NOSSOS ALMOÇOS DE CONVIVO ANUAL.

Sendo este ano realizado no dia 28 de Maio de 2022 (sábado) na Cidade de GUIMARÃES, sendo organizado pelo nosso Companheiro FERNANDES.
O local de encontro será junto da Estátua de D. AFONSO HENRIQUES, local onde o Fernandes nos espera a partir das 10H00 para conversarmos e darmos aquele abraço de sempre e depois seguirmos para o Restaurante.

Nota:- Ao receberem a carta do Maia deverão logo entrar em contato com o Fernandes ou o Salgueiro Maia, a fim de indicarem o número de pessoas que vos acompanham.

PARA TODOS VÓS E FAMÍLIA DESEJO UMA EXCELENTE BOA VIAGEM E TUDO DE BOM. ABRAÇO.

Saudações
João Celestino

INFORMAÇÃO IMPORTANTE - Almoço-Confraternização da CART.3452 em 2021

Bolo da Companhia CART.3452

CART.3452

Companheiros,

Devido à COVID-19, e por questões de segurança e saúde, foi decidida a anulação do Almoço-Convívio deste ano.

Esperamos a compreensão de todos os companheiros.

Em breve daremos mais informações relativamente ao Almoço-Convívio de 2022.
Até lá cuidem-se a fim de nos encontrarmos em 2022 com boa saúde.

Saudações
João Celestino e A. F. Mariano

Falecimento do nosso companheiro José Miranda Ferreira

José Miranda Ferreira

José Miranda Ferreira

Faleceu no dia 29 de Julho de 2020, no Hospital de Guimarães, o nosso companheiro José Miranda Ferreira, após algum tempo de internamento.

O seu funeral realizou-se no cemitério da Freguesia de Calvos, no dia 30 de Julho de 2020, tendo a CART 3452 sido representada na cerimónia pelos companheiros Joaquim Castro Oliveira, João Alves Fernandes, Joao Pereira Martins, Francisco Cunha Mendes e Joaquim Fernandes.

Os Falcões manifestam o seu pesar a toda a família Ferreira e seu amigos.

António F. Mariano

Falecimento do nosso companheiro Carlos Pereira Guimarães

Carlos Guimarães

Carlos Guimarães

Após longo tempo de convalescença, faleceu no dia 25 de Julho de 2020 o nosso companheiro Carlos Pereira Guimarães, ex-transmissões.

O seu funeral irá realizar-se na sua terra natal, Santa Cruz da Trapa, concelho de São Pedro do Sul, no dia 28/07/2020, pelas 18 horas. O nosso companheiro João Celestino representará a CART 3452 na cerimónia.

A todos os familiares e amigos, as nossas sentidas condolências.

António F. Mariano

INFORMAÇÃO IMPORTANTE - Almoço-Confraternização da CART.3452 em 2020

Bolo da Companhia CART.3452

CART.3452

Companheiros,

Devido à COVID-19, e por questões de segurança e saúde, foi decidida a anulação do Almoço-Convívio deste ano, que ocorreria em Vila do Conde.

Esperamos a compreensão de todos os companheiros.

Brevemente informaremos o local e organização do Almoço-Convívio de 2021.
Até lá cuidem-se a fim de nos encontrarmos em 2021 com boa saúde.

Saudações
João Celestino e A. F. Mariano

Recordações Fotográficas do Almoço Convívio 2019

Almoço Convívio 2019, no Porto

Almoço Convívio 2019, no Porto

Recordações fotográficas do almoço comemorativo da CART 3452 no restaurante Bibóporto, na cidade do Porto, organizado pelo companheiro Figueiredo.

Ficou decidido que o próximo almoço, no ano de 2020, se irá realizar em Vila do Conde.

A. F. Mariano

Falecimento do " FALCÃO " Tito Lívio da Silva Morais

Tito Lívio da Silva Morais

Tito Lívio da Silva Morais

No dia 1 de Novembro de 2018, faleceu na cidade de Barcelos o nosso Companheiro de Armas Tito Lívio da Silva Morais, Condutor-Auto. Grande companheiro, sempre presente nas boas e más horas por terras de Mucaba. Com a partida deste nosso companheiro " OS FALCÕES " ficaram mais pobres.
ATÉ UM DIA AMIGO E COMPANHEIRO TITO.

Em virtude da sua família não nos ter dado conhecimento do seu falecimento, por esse motivo não compareceu nenhuma representação dos " FALCÕES " como é habitual ser feito.

À família enlutada os nossos sinceros pêsames.
CART. 3452 / BART. 3860

João Celestino

Visita Surpresa ao " FALCÃO " Carlos Pereira Guimarães

Carlos Guimarães

Carlos Guimarães

Ontem, de surpresa, fizemos uma visita inesperada a um " FALCÃO " da CART 3452, BART 3860, Carlos Pereira Guimarães, que se encontra em recuperação na Parede - Cascais (pelo menos deseja-se a sua estabilização).

Foi difícil para ele e para nós, companheiros. Neste momento não fala, não caminha, mas felizmente ainda está consciente do que se passa à sua volta. Nos identificou um por um, com a cabeça, ou sim ou não.

A sua esposa só o tinha avisado da minha visita. Na verdade, quando chegamos todos juntos, ele nos mirava para nos reconhecer. Todos nós falamos com ele e via-se a sua alegria em nos ter recebido.

O nosso companheiro Salgueiro Maia lhe recordava as malandrices que ele tinha feito por terras de Mucaba, Angola. Via-se sim nele um pequeno sorriso facial e recordava-se como se fosse hoje (44 anos passados).

Ao nos despedirmos dele e da sua esposa, notamos que algo ficava com ele e connosco. Nunca iremos saber ao certo o que lhe passava pela cabeça naquele momento.

Reconheço o esforço feito pelos nossos companheiros que vieram de Guimarães (Joaquim Fernandes, José Ferreira, Manuel Castro) e de Aveiro (Salgueiro Maia).

O meu GRANDE BEM HAJA aos companheiros por me terem acompanhado.

João Celestino

Falecimento do " FALCÃO " Manuel Pereira Lopes

Manuel Pereira Lopes

Manuel Pereira Lopes

No dia 6 de Outubro de 2018, no Hospital de Guimarães, faleceu o nosso companheiro Manuel Pereira Lopes, do 3º Grupo de Combate. Grande companheiro que tanto admiravamos pela sua amizade, simplicidade e pela sua maneira de falar. Era um companheiro que não faltava aos nossos convívios. Hoje estamos mais frágeis, mas sabemos que ele estará sempre no nosso pensamento.

A companhia foi representada pelos nossos companheiros: Joaquim Fernandes, Castro, Ferreira E Fernandes, depositando uma coroa de flores em nome dos "FALCÕES", estando previsto para o dia 13/10/2018 a colocação de uma lápide da companhia na sua sepultura no Cemitério de Gonça - Guimarães. Até um dia amigo Lopes.

Em meu nome, e em nome de todos "OS FALCÕES", o nosso grande bem haja aos nossos companheiros acima mencionados.

João Celestino

Almoço Convívio 2019 no Porto

Almoço Convívio 2018 em Aveiro

Almoço Convívio 2018 em Aveiro

Ficou decidido no almoço deste ano de 2018, realizado em Aveiro, que o convívio e almoço do próximo ano de 2019 se irá realizar na cidade do Porto, no restaurante "Bibóporto".

Com o aproximar da data, deveremos receber mais informações acerca deste convívo, informações essas que colocaremos nesta secção.

Entretanto poderão apreciar as fotos do almoço convívio deste ano aqui.

Até lá,

A. F. Mariano

Dr. Domingos Almeida Lima e Sousa Cintra dão o exemplo

Dr. Domingos Almeida Lima e Sousa Contra dão o exemplo

Dr. Domingos Almeida Lima no Dérbi

O nosso companheiro, " FALCÃO DA CART.3452 " e Comandante do 1º Grupo de Combate, Dr. Domingos Almeida Lima, agora como Vice-Presidente do Benfica, a receber no Estádio da Luz, com a sua diplomacia, o Presidente da SAD do Sporting, Sousa Cintra.

João Celestino

Convite do nosso companheiro e amigo Salgueiro Maia

Convívio CART.3452

CART.3452

M.A. Salgueiro Maia
R. do Sol Nº38
Cabo-Luís
3800-343 Esgueira
Telf.: 234193100
Tlm.: 917525128


Aveiro 1 de Maio de 2018

Caro amigo:
Mais uma vez venho por este meio lembrar-te do nosso almoço - convívio, dos camaradas da CART 3452 - OS FALCÕES, que se realiza em Aveiro no dia 26 de Maio (último Sábado do mês).

O encontro será no largo do Rossio até às 11h30m. O almoço será no sítio do costume, no restaurante XL (ex - D. Rogério) ao 12h30m.


A ementa é a seguinte:

- entradas variadas
- sopa canja de aves
- bacalhau à XL
- leitão à bairrada
- fruta laminada, arroz doce, leite creme, mousse de chocolate


O preço é de 20.00€ por pessoa.
Deves confirmar a tua presença até ao dia 19 (exigência do restaurante), para os números acima indicados.


Sem outro assunto um abraço do sempre amigo:

Manuel Alexandre Salgueiro Maia

Falecimento do Nosso camarada José António Correia

José António Correia

José António Correia

Acometido de doença súbita, faleceu o nosso camarada e companheiro do 3º Grupo de Combate, José António Correia, saindo o seu corpo da sua residência para o cemitério da Freguesia da Lomba, em Gondomar.

Correia era um "FALCÃO" que nos deixa muitas saudades e que nos nossos encontros anuais de almoços nos oferecia a sua simpatia e simplicidade. Agora que nos deixou físicamente, no dia 24 de Janeiro de 2018, estará sempre presente em espírito nos nossos convívios.

À FAMILIA ENLUTADA OS PÊSAMES DOS "FALCÕES".

João Celestino

Aniversário da chegada a Angola

Campo Militar do Grafanil

Campo Militar do Grafanil

Faz hoje 46 anos ( 27/11/1971 ) que pela primeira vez pisei terras africanas ( Angola ), englobado no Batalhão 3860, CART. 3452, cerca das 07h00 começamos a desembarcar em Luanda do navio Vera Cruz, saindo de comboio com o destino ao Campo Militar do Grafanil. No dia 08 de Dezembro partimos em viaturas civis com destino à Vila de Mucaba. Em ambas as viagens, tanto na de comboio como nas viaturas civis, eramos transportados como se de gado se tratasse????.

João Celestino

Companheiro Alferes Almeida Lima

Companheiro Alferes Almeida Lima e Luis Filipe Vieira

Companheiro Alferes Almeida Lima e Luis Filipe Vieira

O nosso Companheiro dos " FALCÕES " da CART. 3452, Domingos de Almeida Lima, Comandante do 1º Grupo de Combate, agora Vice-Presidente do Benfica (MODALIDADES) acompanha o Presidente do Benfica.

João Celestino

Internamento do " FALCÃO " Carlos Guimarães

Carlos Guimarães

Carlos Guimarães

O nosso companheiro CARLOS PEREIRA GUIMARÃES (das Transmissões), encontra-se internado na Residência Montepio, junto à Praia da Parede, lado direito da Marginal. Se o desejarem visitar, é favor bater à porta da residência acima mencionada e dizer que desejam ver o doente Carlos Guimarães.

O GUIMARÃES encontra-se internado nesta residência a fim de fazer a sua recuperação de fisioterapia (lenta). Foi operado à cerca de 4 meses no Hospital de São José, em Lisboa.

Solicito aos FALCÕES que se encontrem nessa zona (ou perto), que lhe façam uma visita. Sei que ele vai ficar feliz por lhe fazerem essa visita de cortesia.

Em meu nome e em nome de todos " OS FALCÕES " desejamos-lhe as suas melhoras e que a sua recuperação seja a mais breve possível, a fim de regressar ao convívio familiar e aos nossos convívios anuais dos " FALCÕES ". Muita força DONA FLORINDA (esposa) e à sua filha SÍLVIA.

João Celestino

Agradecimento pela página da CART. 3452 " OS FALCÕES "

O Renascer na nova página da CART 3452 " OS FALCÕES ".

A primeira página da CART 3452 foi elaborada pelo nosso COMPANHEIRO e GRANDE AMIGO CAMILO PEREIRA, que devido já ao seu cansaço o mesmo me enviou todo o histórico da referida página, a fim de continuarmos com as nossas novas notícias e outros assuntos.

Em virtude de eu não saber manobrar todos estes sistemas, o NOSSO COMPANHEIRO ANTÓNIO MARIANO " CRIPTO " se ofereceu, assim como o seu filho SIMÃO MARIANO, a continuarem este trabalho criado pelo COMPANHEIRO CAMILO. Na verdade o Simão, além de nos fazer este grande favor, também renovou a nova página, com magníficas imagens de LUANDA e sua música angolana.

Camilo Pereira

Camilo Pereira

António F. Mariano

António F. Mariano

Simão Mariano

Simão Mariano

Em meu nome e em nome de todos OS FALCÕES da CART. 3452, o nosso grande BEM HAJA ao CAMILO, ao MARIANO e ao nosso jovem SIMÃO MARIANO.

João Celestino

Local e organização do encontro de 2018

Ficou decidido no almoço deste ano de 2017, em Vieira do Minho, que o convívio e almoço do ano de 2018 se irá realizar em Aveiro.

A organização deste encontro está entregue ao Companheiro ALEXANDRE SALGUEIRO MAIA.

Até lá,

A. F. Mariano

Companheiro Salgueiro Maia operado

Foi no dia 6 de Junho de 2017 que o nosso Companheiro ALEXANDRE SALGUEIRO MAIA foi submetido a uma operação à próstata.

A operação decorreu dentro dos parâmetros normais, estando o mesmo em fase de recuperação.

Para ele os votos de rápidas melhoras.

A. F. Mariano

Falecimento do Nosso camarada António Sampaio Azevedo

António Sampaio Azevedo

António Sampaio Azevedo

Em Castelões, Vila Nova de Famalicão, no dia 09/12/2014, FALECEU o nosso Companheiro de Armas da CART. 3452 "OS FALCÕES" o nosso grande Amigo ANTÓNIO SAMPAIO AZEVEDO, um grande Homem de honestidade, simples de lidar e de um grande caracter, os Companheiros sempre o admiraram pela sua sempre boa disposição que distribuía pelos "FALCÕES", a sua alegria de viver, conviver, cantar, tocar as suas Castanholas e ultimamente aprendeu a tocar acordeon, era impressionante o seu querer.

Nos nossos Almoços Anuais de confraternização, nunca abandonava a Sala sem se despedir com o Fado que ele adorava Cantar, "COIMBRA NA HORA DA DESPEDIDA".

À FAMILIA ENLUTADA OS PÊSAMES DOS "FALCÕES".

No seu Funeral esteve uma Delegação dos "FALCÕES" com cerca de 12 Elementos que se fizeram acompanhar de uma COROA DE FLORES, como fizeram questão de transportar a sua URNA para a sua Ultima Morada, assim como estiveram posteriormente na sua Campa a colocar uma PLACA DA CART. 3452.

Em meu nome e em nome de todos de todos " OS FALCÕES " o nosso bem haja aos COMPANHEIROS PRESENTES NESTAS CERIMONIAS.

João Celestino

José Manuel Andrade - Condutor "BOLICAS"

Condutor "Bolicas"

Condutor "Bolicas"

Encontra-se desaparecido desde o mês de Dezembro de 2011, o nosso companheiro da CART. 3452, o nosso ex. condutor ANDRADE "BOLICAS" era residente na Cidade de Olhão e trabalhava na cidade de Faro.

Deixou os seus documentos pessoais em sua casa, saiu na sua viatura, desde essa data nunca mais foi visto assim como a sua viatura pessoal, não foi verificado qualquer movimento na sua conta bancária.

Esperamos que ele regresse o mais rápido possivel a casa da sua familia, e ao nosso convivio dos "FALCÕES".

Noticia fornecida pelo nosso companheiro CRESPO e confirmada por mim através do seu ex. local de trabalho.

Para todos " OS FALCÕES " um abraço.

João Celestino

Almoço de confraternização dos "FALCÕES" de 2016

Dr. António Marques Pereira

Dr. António Marques Pereira

Como o habitual, no dia 28 de Maio de 2016, realizou-se mais um almoço de confraternização dos "FALCÕES" em Aveiras de Cima, Cartaxo, sendo o organizador do mesmo o Ex-Alferes do 2º Grupo de Combate, Dr. António Marques Pereira.

Compareceram cerca de 130 pessoas, entre as quais, muitos familiares dos "FALCÕES", não deixando de sobresair que o Dr. António Marques Pereira teve a amabilidade de oferecer gratuitamente este almoço, no restaurante Pôr do Sol, a todos os "FALCÕES" e seus familiares que os acompanharam.

Por motivos de saúde familiar, eu não pude comparecer a este almoço, mas também não poderei deixar de agradecer, em meu nome e em nome de todos os "FALCÕES" e seus familiares, o nosso grande bem haja ao Dr. António Marques Pereira, por este excelente e maravilhoso almoço.

João Celestino

Morte trágica no Canadá, do "FALCÃO" Jorge F. Campos

Num brutal acidente de viação no Canadá, faleceu o " FALCÃO " JORGE FERREIRA DE CAMPOS , do 4º Grupo de Combate, dei conhecimento ao Novais, imigrante em França, ficando este desolado, era muito amigo dele, e num acto de HOMENAGEM à sua memória, escreveu-me o seguinte :-

"60 anos é muito pouco, obrigado JORGE pelo teu sangue frio, pela tua sinceridade, nunca os " FALCÕES " te esquecerão."

Teu amigo Novais, Cart 3452.

Novais e o Jorge F. Campos, regressavam do mercado com um cacho de bananas.

Novais e o Jorge F. Campos, regressavam do mercado com um cacho de bananas.

O nosso camarada Jorge jogava às cartas com os amigos.

O nosso camarada Jorge jogava às cartas com os amigos.

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João Celestino

Quem será esta família que residia em Mucaba?

Da esquerda para a direita - A dona Audete com a filha Alcina ao colo, o marido Velícimo, primo José do Velícimo, o miudo irmão do José Alpande Lopes, Dona Gravelina – mãe do Velícimo, a miuda Norminda – filha do Velícimo, Manuel – irmão do Velícimo, a frente José António Moreira, António Alpande Lopes – sobrinho do Velícimo, Dona Libania Alpande mãe do António, Antónia filha da Dona Libania e Margarida uma vizinha.

A família Velícimo

Esta era a Família do Velícimo, era o Homem que fornecia a carne à Cart3452, assim como era responsável pelo gerador e agua à Vila de Mucaba.

Agora fui encontrar o nosso amigo Velícimo com a sua esposa em Tinhela - Valpaços.

Clique em qualquer uma das imagens para a ampliar.

Em nome dos Falcões muita saúde para si e toda a família.

Para todos os " FALCÕES " um abraço.

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João Celestino

Do nosso amigo e camarada David Mendes

Recebi através do facebook, de Ruben de Burgo Mendes, filho do nosso Ex. Camarada de Armas, David Mendes, (CABOVERDIANO) que fazia parte do 1º Grupo de Combate, e que presentemente se encontra a trabalhar no Sul de Espanha, mais concretamente na Cidade de Almería, o qual envia um forte abraço a todos os " FALCÕES " principalmente para o Pessoal da CART 3452.

Para ele e sua Família, desejamos-lhe as maiores felicidades do mundo.

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João Celestino

Localização da sepultura do Alferes Milheiro

No dia 25 de Setembro, dirigi-me ao Cemitério da Conchada, (Coimbra) a fim de ir fazer uma visita ao Alferes Milheiro, ( conversar um pouco com ele) já levava uma ideia do local da sua SEPULTURA, fornecida pelo "FALCÃO" José Carlos Agostinho da Cart 3450, (Chimacongo), mas não o localizei, (era um Sábado da parte da tarde e a Administração estava fechada). Posteriormente tentei o contacto por via telefone ( 2 vezes) para a referida Administração, fornecendo-lhe os dados do Alf. Milheiro, a fim de saber concretamente da localização da sua SEPULTURA, a resposta foi sempre negativa, não existia nenhum registo de entrada com aquele nome.

Hoje dia 11 de Outubro, fiz a viagem de Viseu para Coimbra, mais concretamente ao CEMITÉRIO DA CONCHADA, a fim de esclarecer pontualmente este caso, foi recebido amavelmente pela pessoa que eu já tinha contactado telefonicamente, informou-me para eu ir dar mais uma volta junto aos gavetões e no caso de não o encontrar para me dirigir a ele, (Administração). Assim o fiz, mas não encontrei nenhuma referência ao nosso camarada Milheiro. Quando me aproximei do Senhor , encontrava-se a verificar o livro de registo de entradas dos falecidos, e informou-me que não tinha encontrou nenhum registo. Então começamos os dois a conferir a listagem no livro, e a certa altura disse-me, "já vamos quase no fim do mês de Maio" e logo a seguir ripostou-me "está aqui o referido nome, dia do seu FUNERAL 27 DE MAIO DE 1972". Por aquele livro não se conseguia a sua localização no Cemitério, foi procurar num outro livro de registos, e aí sim, verificou-se que a sua Sepultura era no gavetão J-24, tendo sido transladado para o CEMITÉRIO de MONTEMOR-O-VELHO em 21 de Dezembro de 2004.

O "FALCÃO" Agostinho, informou correctamente a sua localização, mas presentemente naquele local, encontra-se lá uma Senhora, por esse motivo eu nunca o iria localizar.

Em contacto com a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, fui informado que o Alferes Milheiro se encontra no JAZIGO Nº 1, TALHÃO 6 ESQUERDO.

Quem tiver a oportunidade de lhe fazer uma visita, tem aqui todos os seus dados. Os meus objectivos foram alcançados.

Segundo consta que a sua MÃE faleceu recentemente.

Para todos os " FALCÕES " um abraço.

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João Celestino

Falecimento do ex-cabo Manuel Pereira

Ex-cabo Manuel Pereira

Ex-cabo Manuel Pereira

Mais um nosso camarada de armas que desapareceu dos nossos convívios, este excelente COMPANHEIRO, DEIXA-NOS MUITAS SAÚDADES. MANUEL PEREIRA, Ex 1º CABO do 4º Grupo de Combate, Faleceu nos Serviços Paliativos do Hospital de Albufeira no dia 22-01.2011.

"OS FALCÕES" DA CART. 3452, ENVIA A TODA A SUA FAMÍLIA AS MAIORES CONDOLÊNCIAS E PÊSAMES, COM ETERNA SAUDADE.

O Funeral realizou-se para a sua Terra Natal, sendo a sua Sepultura no Cemitério de Santa Senhorinha, Cabeceiras de Basto.

Compareceram ao seu FUNERAL, e em representação dos "FALCÕES ", Joaquim Fernandes (Guimarães), José Ferreira (Guimarães), António Azevedo (Famalicão), Joaquim Oliveira (Riba D`Ave) e João Martins (Cabeceiras de Basto), tendo estes depositado uma COROA DE FLORES EM NOME DOS "FALCÕES".

Em meu nome, em nome de todos os " FALCÕES " BEM HAJA A ESTES COMPANHEIROS, que nos foram representar.

João Celestino

Mucaba "Vila Fantasma"?

No dia 6 de Janeiro de 1976, no BAR KATE KERO em Mucaba foram assassinados 5 Homens, 3 feridos graves e um que conseguiu fugir pelo telhado do bar, todos eles de cor branca e ali residentes. Nesse mesmo dia deu-se a fuga de todos os brancos de Mucaba, a partir dessa data deram-se violentos combates entre os grupos rivais do MPLA, FNLA ETC., dando origem a que as casas da Vila ficassem bastantes danificadas (destruídas), apenas salvaguardando a IGREJA DE MUCABA, segundo a informação colhida à uns anos. Esta informação foi descrita por um Soldado do MPLA, de cor negra e natural de Mucaba, e que assistiu a este massacre, afirmando ainda que teve de fugir de Mucaba para Portugal, a fim de evitar a sua execução.

Devido a todas estas circunstâncias, tudo me leva a crer que a VILA DE MUCABA, será uma " VILA FANTASMA ", por falta de manutenção/conservação, devido às grandes intempéries que todos nós bem conhecemos, das grandes chuvadas e o calor do sol a entrarem pelos telhados, durante todos estes anos.

Hoje posso afirmar que, a IGREJA e o MONUMENTO AOS MORTOS que se encontra no jardim em frente à Messe de Oficiais, estão em bom estado de conservação, e o Quartel em si é um esqueleto, quanto às fazendas (roças) consta-me que só a Maria Armanda é que está a ser trabalhada.

Para saber mais pormenores "click" aqui.

Para todos os "FALCÕES" um abraço

João Celestino

Reconstrução da padaria de Mucaba

Reconstrução da padaria de Mucaba

Reconstrução da padaria de Mucaba

Depois dos Brancos terem abandonado a Vila de Mucaba em 1976, todos os seus bens foram confiscados pelo Estado Angolano. Nélito Lopes, ficou por Luanda e providenciou no sentido de recuperar a padaria que era do seu pai, Armando Lopes, em Mucaba.

Depois de ter legalizado a situação, pôs mãos à obra e a mesma está quase pronta para começar a laborar.

Se deseja ver as alterações efetuadas "click" aqui.

"OS FALCÕES" DA CART. 3452 DESEJAM-LHE GRANDE ÊXITO NA SUA VIDA PROFISSIONAL, NA RENOVADA VILA DE MUCABA.

João Celestino

Falecimento do Camarada Gonçalves

O camarada Gonçalves

O camarada Gonçalves

Devido a doença prolongada, faleceu no dia 29 de Março de 2012, o nosso amigo e companheiro "FALCÃO" Francisco Maria Gonçalves, (condutor do CMDT) realizando-se as cerimónias fúnebres no dia 01 de Abril, pelas 13H00 Missa de Corpo Presente na Igreja de Leião, seguindo-se para o Cemitério de Rio de Mouro (Sintra) sendo ali cremado.

"OS FALCÕES" DA CART. 3452, ENVIA A TODA A SUA FAMÍLIA AS MAIORES CONDOLÊNCIAS E PÊSAMES, COM ETERNA SAUDADE.

ATÉ UM DIA GONÇALVES

João Celestino

Nova Mucaba

Para descobrir a Nova Mucaba clique aqui

Falecimento da Sr.ª D.ª Leonor Figueira

A Sr.ª D.ª Leonor Figueira

A Sr.ª D.ª Leonor Figueira

Faleceu no dia 10 de Janeiro, a Esposa do nosso saudoso Comandante Coronel João António Duarte Figueira. Dona Leonor era por excelência uma Senhora que tão bem conhecemos (fez connosco em Mucaba uma comissão de serviço), muito acessível de trato, muito HUMANA e sempre com um sorriso no seu rosto e com uma grande simpatia que sentia por todos nós, e mais tarde demonstrado nos nossos almoços anuais de confraternização.

As cerimonias fúnebres foram realizadas na Igreja de Linda-A-Velha, seguindo para o Cemitério de Carnaxide.

Devido ao conhecimento tardio desta noticia, não foi possível estar presente uma representação dos "FALCÕES" da CART. 3452.

"OS FALCÕES" DA CART. 3452, ENVIA A TODA A SUA FAMÍLIA AS MAIORES CONDOLÊNCIAS E PÊSAMES, COM ETERNA SAUDADE.

João Celestino

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